sexta-feira, 1 de abril de 2011

Teoria das inteligências múltiplas ajuda no aprendizado

Algumas pessoas possuem maior facilidade com as matérias exatas, outras com as humanas. Há indivíduos que possuem habilidade para dançar, enquanto outros, por mais que treinem, não conseguem ter uma desenvoltura tão boa. Existem inúmeras razões para essas diferenças de aprendizagem, entre eles está a Teoria das Inteligências Múltiplas, que mostra que as pessoas aprendem com mais facilidade quando são incentivadas a desenvolver a inteligência que possuem maior habilidade. Conhecer as múltiplas inteligências e como desenvolvê-las é importante principalmente para professores e educadores, pois podem obter melhores resultados dos seus alunos.

A coach ontológica Káritas de Toledo Ribas explica que a teoria das inteligências múltiplas foi desenvolvida por uma equipe de pesquisadores da Universidade de Harvard, liderada pelo psicólogo Howard Gardner, na década de 80. “Na pesquisa foram identificados e descritos sete tipos de inteligência: linguística, lógico-matemática, espacial, musical, cinestésica, interpessoal e intrapessoal”. Normalmente, as inteligências linguística e lógico-matemática são as mais valorizadas. Porém, Káritas ressalta que as pessoas dispõem de graus variados de cada uma dessas inteligências e maneiras diferentes de combinar, organizar e se utilizar dessas capacidades intelectuais. “As múltiplas inteligências são relativamente independentes, têm sua origem e limites genéticos próprios, bases neuroanatômicas específicas e dispõem de processos cognitivos próprios. Contudo, embora essas inteligências sejam independentes uma das outras, elas não funcionam isoladamente. Algumas ocupações exemplificam uma inteligência, mas, na maioria dos casos, as ocupações ilustram bem a necessidade de uma combinação de inteligências. Por exemplo, um cirurgião necessita da acuidade da inteligência espacial combinada com a destreza da cinestésica”, ilustra Kátitas.

A coach esclarece que todos os indivíduos, em princípio, têm a habilidade de questionar e procurar respostas usando todas as inteligências. “As pessoas possuem, como parte de sua bagagem genética, habilidades básicas em todas as inteligências. O desenvolvimento maior ou menor de determinada inteligência, no entanto, será determinado tanto por fatores genéticos e neurobiológicos quanto por condições ambientais. Assim sendo, o indivíduo buscará, inconscientemente, desenvolver a inteligência mais valorizada na sua cultura”.

Por isso, é importante valorizar as diversas formas de pensamento, os estágios de desenvolvimento das várias inteligências, a relação existente entre esses estágios, a aquisição de conhecimento e a cultura. “Para professores, por exemplo, o ideal é desenvolver avaliações que sejam adequadas às diversas habilidades humanas, assim como a educação deve ser centrada na criança com currículos específicos para cada área do saber. Também é importante ter um ambiente educacional amplo e variado, e que dependa menos do desenvolvimento exclusivo da linguagem e da lógica”, adverte Káritas.

Outra forma de avaliar, segundo a inteligência melhor desenvolvida, é favorecer métodos de levantamento de informações durante atividades do dia-a-dia. “É importante que se tire o maior proveito das aptidões individuais, ajudando os alunos a ampliar suas capacidades intelectuais, e, para tanto, ao invés de usar a avaliação apenas como uma maneira de classificar, aprovar ou reprovar os estudantes, esta deve ser usada para informar o aluno sobre a sua capacidade e informar o professor sobre o quanto está sendo aprendido”, explica a coach.

Um exemplo de como isso pode ser feito com a habilidade verbal é, mesmo na pré-escola, ao invés de fazer avaliações por meio de testes de vocabulário, definições ou semelhanças, avaliar as manifestações, tais como a habilidade para contar histórias ou relatar acontecimentos. Ao invés de tentar avaliar a habilidade espacial isoladamente, deve-se observar as crianças durante uma atividade de desenho ou enquanto montam ou desmontam objetos. “As inteligências não são objetos que possam ser quantificados, e sim, potenciais que poderão ser ou não ativados, dependendo dos valores de uma cultura específica, das oportunidades disponíveis e das decisões pessoais tomadas por indivíduos e/ou suas famílias, seus professores e outros”, esclarece Káritas.

Cabe ao professor valorizar aspectos dos alunos, em que ele é realmente bom, para que, dessa forma, a auto-estima do estudante cresça e ele se sinta interiormente motivado a obter, também, um bom desempenho em outras questões onde ele, provavelmente, poderia ter um pouco mais de dificuldade.

Conheça as sete inteligências:

Lógico-matemática – é a capacidade de confrontar e avaliar objetos e abstrações, discernindo as suas relações e princípios subjacentes. Sensibilidade para padrões, ordem e sistematização. É a habilidade para lidar com séries de raciocínios, para reconhecer problemas e resolvê-los. Possuem essa característica matemáticos, cientistas e filósofos.

Linguística – caracteriza-se por um domínio e gosto especial pelos idiomas, pelas palavras e por um desejo em explorá-los. É a habilidade de usar a linguagem para convencer, agradar, estimular ou transmitir ideias. É predominante em poetas, escritores, e linguistas.

Musical – esta inteligência se manifesta através de uma habilidade para apreciar, compor ou reproduzir uma peça musical. Inclui discriminação de sons, habilidade para perceber temas musicais, sensibilidade para ritmos, texturas e timbre, e habilidade para produzir e/ou reproduzir música. Pessoas com essa inteligência podem executar pedaços de música de ouvido. É predominante em compositores, maestros, músicos, críticos de música.

Espacial – se expressa pela capacidade de compreender o mundo visual com precisão, permitindo transformar, modificar percepções e recriar experiências visuais até mesmo sem estímulos físicos. É predominante em arquitetos, artistas, escultores, cartógrafos, navegadores e jogadores de xadrez.

Corporal-cinestésica – traduz-se na maior capacidade de controlar e orquestrar movimentos do corpo. É predominante entre atores e aqueles que praticam a dança ou os esportes.

Intrapessoal – é a habilidade para ter acesso aos próprios sentimentos, sonhos e ideias, para discriminá-los e lançar mão deles na solução de problemas pessoais. É o reconhecimento de habilidades, necessidades, desejos e inteligências próprios, a capacidade para formular uma imagem precisa de si próprio e a habilidade para usar essa imagem para funcionar de forma efetiva. Expressa a capacidade de se conhecer, estando mais desenvolvida em escritores, psicoterapeutas e conselheiros. Como esta inteligência é a mais pessoal de todas, ela só é observável através dos sistemas simbólicos das outras inteligências, ou seja, através de manifestações linguísticas, musicais ou cinestésicas.

Interpessoal – expressa pela habilidade de entender as intenções, motivações e desejos de outras pessoas. Encontra-se mais desenvolvida em políticos, religiosos e professores.

Sobre Káritas de Toledo Ribas
Bacharel em Administração de Empresas pela UERJ/RJ, Káritas tem formação em Coaching Ontológico, é especialista em Medicina Comportamental, em Hipnose Clinica - PUC/SP, é acadêmica em Filosofia, pós-graduanda em Dinâmica dos Grupos – SBDG. Ela tem mais de 20 anos de experiência como consultora e professora nas áreas de tecnologia e finanças, atuando com comportamento humano e é sócia-diretora das empresas Appana Mind – Desenvolvimento Humano e Psicofisiologia Aplicada e Perffato Soluções em Tecnologia.

Sobre Marcello Árias Dias Danucalov
Psicofisiologista com experiência em Técnicas de Integração Cérebro, Mente e Corpo e Biofeedback, Marcello também é especialista em Fisiologia, mestre em Farmacologia, doutorando em Psicobiologia UNIFESP. Professor universitário com experiência de 24 anos de docência, Marcello ministrou mais de 600 cursos de pós-graduação e palestras pelo Brasil. Acadêmico de Filosofia, ele também é autor de diversos livros e artigos científicos. Marcello é sócio-diretor da empresa Appana Mind – Desenvolvimento Humano e Psicofisiologia Aplicada.

Sobre Appana Mind
A Appana Mind é uma empresa voltada a aplicação de técnicas pautadas na medicina comportamental que atua nas seguintes áreas: coaching, biofeedback, gerenciamento e controle do estresse e ansiedade, técnicas de reestruturação da linguagem e cursos de formação e capacitação. A Appana tem como foco proporcionar aos seus clientes e alunos, uma melhoria em sua consciência tanto corporal quanto mental, que promoverá a conquista de uma vida plena, equilibrada e feliz, melhorando seus relacionamentos interpessoais, seu desenvolvimento afetivo e emocional e solidificando seu autoconhecimento. 

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